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Coisas que não te contaram sobre a terapia

  • Foto do escritor: Carol Mariottini
    Carol Mariottini
  • 15 de jun.
  • 1 min de leitura

Muita gente chega na terapia esperando respostas rápidas, alívio imediato, soluções prontas. Mas a verdade é que o processo terapêutico não se encaixa em fórmulas. Não é um passo a passo, muito menos um caminho reto. Aqui, compartilho 5 coisas que talvez não te contaram sobre estar em terapia — e que podem te ajudar a atravessar esse percurso com mais acolhimento.

1. Terapia leva tempo. E não é o tempo do relógio. É o tempo interno— imprevisível, singular, atravessado por resistências. Às vezes, são meses. Às vezes, anos. A pressa não ajuda, porque certas elaborações só acontecem quando podem acontecer.

2. Falar uma vez não é o suficiente. Na terapia, você repete. Fala uma, cinco, mil vezes. E, a cada vez, de um jeito novo. Porque é nesse giro que algo se transforma. Repetir não é regredir — é reconstruir, escavando camadas que antes estavam encobertas.

3. Você vai querer desistir. Vai cansar. Vai duvidar se está funcionando. Vai pensar "mas eu já falei sobre isso". Só que esse "isso", na maioria das vezes, ainda não tem nome. E nomear exige escuta, tempo e coragem.

4. Falar é diferente de pensar. Na sua cabeça, tudo parece organizado, coerente. Mas quando você fala, tropeça. Se escutar falando é outra experiência — e pode ser desconcertante. É nesse estranhamento que algo novo se anuncia.

5. Você descobre que nomear é criar sentido. Entende que aquilo que parecia ser apenas sobre o outro, também é sobre você. Não se trata de culpados, mas de compreender o lugar que você ocupa nessa narrativa — e talvez, com o tempo, escrever novas versões.

 
 
 

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